segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Humanizando macacos!


Este foi um dos assuntos que mais filosofei com minhas amigas, após irmos assistir o filme Planeta dos Macacos : a origem.
Confesso que para minhas exigências cinematográficas, foi o melhor filme desse ano. Menciono tanto o roteiro, efeitos especiais e sem sombra de dúvida a fidelidade ao primeiro filme estreado em meandros dos anos de 68.
Tinha em minha mente, o contexto da ficção cientifica, mas os detalhes fazem a diferença neste filme. Tentando mostrar aonde o homem, em toda sua inteligência, errou e continua errando, pondo em xeque-mate o futuro de toda a humanidade.
Meus estudos acadêmicos mostram que esta manipulação  da vida e seus limites tão desconhecidos são a base do filme.
No Filme de 68, já começa com o grande conflito de um dos tripulantes da nave, perdida há anos luz pelo espaço, sobre o que foi feito da vida terrena... e se teremos um dia, a luz de nossa insignificância perante o Universo. “Sinto-me vazio, uma solidão sem limites” – esta é a verdade conclusiva do astronauta.
O que mais chamou a minha reflexão ao filme, foram os detalhes colocados durante o longa, sobre pontos feitos com os humanos no ano de 68. Na origem, os macacos são tratados como tal, macacos. E o de 68, humanos são tratados como feras bestiais, para mim, pior do que macacos. Sem chance para os direitos humanos e afins.
Acredito que a cena que mais tocou meu coração, é o questionamento de César ( o macaco super inteligente e humano) sobre o que ele é. Quem sou? Um animal de estimação? Um humano? Um filho? Ou nada? E a partir daí, uma série de eventos mostra a vontade de si libertar, em formato de rebelião contra a estupidez humana em questão.
César não apenas queria seu direito ao mundo, liberdade e afins, mas saber aonde cabe a sua parte no mundo... e qual mundo? Este mesmo que enfrentamos todos os dias, com choro ou sem choro, ele esta ai nos desafiando como uma verdadeira fera em seus redutos.
Para meu entendimento, César foi o macaco com alma mais humana que pude ter contato como pessoa. Vendo todas as expressões de dor à felicidade, da negação, rejeição e conquista dos seus colegas macacos rumo a liberdade... fiquei feliz que uma obra como esta pode ser retrata com tanta inteligência e sensibilidade.
O alerta foi bem colocado em todos os diálogos sobre a fragilidade humana perante a natureza e sua incontestável evolução.
Sinto que não estamos longe disso... não no sentido que o filme coloca sobre o fim da humanidade, mas no sentido de valores, bom senso, caráter... gentilezas.
César, como verdadeiro símio de sua espécie, mostra que não basta nascer homem, para se dizer humano ou pelo menos, esperamos tais demonstrações de virtudes assim. Mas sim, muito além disso, é preciso ser: Ai esta o sentido da palavra: SER HUMANO. Ser correto, ser sensível, ser algo muito maior que achamos que somos... e pelo filme teremos a idéia de não evoluir “quase” nada... mas que ainda há uma chance, e que ela não comece tarde.




2 comentários:

Paulexxx disse...

Sabia que faria um post sobre o filme danada!
Eu curti pra caramba a história,mas a procura da cura do Alzheimer me tocou,pq sei como é ter alguém com esse problema em casa.E como cientista,acho que menosprezamos as outras espécies,não percebemos que somos os aniamis mais dependentes e que se nós fossemos extintos a natureza realmente seria livre!

Camis disse...

Acho que esta é outra ideia bem presente que o filme passa.... como se realmente atrapalhassemos a evolução das especieis...

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