sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cheiros Prediletos


Todos temos cheiros prediletos...
Cheiros trazem lembranças... boas ou não. Quando se sente o cheiro predileto, tudo vem de forma tão nítida e implacável em detalhes da situação, comida, bebida, cores e pessoas.
Tenho vários cheiros prediletos... gosto dos que me trazem momentos de aconchego.
Cheiro de café coado na hora...
Cheiro de terra molhada após a chuva...
Cheiro do seu doce predileto...
Cheiro de roupa limpa...
Cheiro de livro novo...
Dizem que natal tem cheiro... ano novo também.

Mas tem aqueles cheiros que tem significado intimo apenas para si. Parece que só você sente... e isso o faz se tornar especial entre todas as coisas e pessoas desse mundo.
Sentimentos tem cheiros...
Para cada amizade há um cheiro diferente... isso se liga intimamente a cada pessoa que lhe é querida.
Quando o sentimento é bom e leve... parece que sentimos o aroma doce no ar. Ao contrario disso, se torna amargo e nada agradável.
Pessoas tem cheiros infinitos .. e eu as gravo em minha mente dessa forma.
O cheiro daquela pessoa que lhe é querida é como se fosse o cartão de identidade para a essência dela. Não haverá nenhuma outra pessoa com o mesmo cheiro na face da terra... e isso a torna especial à você. Este gesto é a ligação mais misteriosa que sentimos... um instinto atávico... único.Mas maravilhoso de vivê-lo.
Algumas vezes pegamos pessoas dizendo: Gosto de sentir seu cheiro!
E logo iremos dizer que é a marca do perfume tal que compramos na loja X e etc...
Mas acredito que a pessoa queria mencionar o tal cheiro que só ela sentiu... ninguém mais... nem você o sente... Mas ele esta ali... você esta emanando ele... e alguém captou!

Inevitavelmente deixando a vida mais cheirosa.





quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

As escorregadas de natal, fim de ano e afins

Realmente, no auge da minha pequena vivência neste pequeno planeta, este mês que tem como pacote o natal e o ano novo... É uma época do ano que não aprecio, não me encanta, não me motiva e nem emotiva,... Não vejo e nem sinto sentido “ainda” em todas as comemorações que se seguem.
Muitos mencionam a minha insensibilidade nesta data... ou porque a criança interior esta reclusa, ou colocam um  lista de possibilidades quase traumáticos de não me sentir no tal clima natalino e festivo.
Nada, entra de acordo... Nem passado, e muito menos futuro.
Ficamos mais generosos – dizem- isso deveria ser o ano todo.
Ficamos mais compreensivos- dizem- deveria ser o ano todo.
Ficamos mais próximos da família- dizem- difícil  para alguns,... fácil para outros... e quase um sacrilégio para tantos outros que não gostam dessa época.
“ Um dia você formará uma família e entenderá o significado do natal” – Jura?! – digo eu:  Então serei agraciada com o entendimento da total hipocrisia que acompanha esta data.
Antes que seja queimada em algum mármore... de algum purgatório por ai. Não acho ao todo, de  ignorar tal data.
Encontrei nela uma necessidade imensa de isolamento... quase um retiro pessoal mesmo. Penso que nesta época é uma fase de pura reflexão e introspecção do que  realmente você fez de significativo neste ano. ( o correto seria todos os dias, mas nem todos fazem).
A maioria começa a ficar compulsivamente louco, nesta época máster capitalista.
Tudo piora: trânsito, mercados, lojas das mais variadas, calçadas, pessoas insanas em busca de objetos que representem todo o sentimento para aquelas pessoas queridas que tiveram ou não contato durante o tal ano movido as promessas no ano retrasado.
Pois eu digo... Contemplo minha solidão nesta época. Costumo não passar com ninguém o natal... Costumo me recolher e ficar na minha própria companhia ( na qual morrerei com a mesma ).
Engraçado, mas outro dia falando com ela ( eu mesma), percebi que em certa altura do diálogo, fiquei sem assunto comigo mesma. Sério isso. Minha própria solidão, parou de falar,... não respondia minhas indagações. Achei que ela tinha entrado em greve, ou foi contaminada pelo tédio.
Mas até minha solidão foi se isolar. Até ela precisou de um tempo consigo. Dramático demais?! Exagero demais?! Para alguns pode parecer. Mas quem conhece um pouco de si, e ama a própria companhia em algumas horas diárias – entende o que quero expressar aqui.
Cheguei a ouvi de que ficar sozinho nesta época é total loucura depressiva, beirando ao suicídio. Pobres pessoas ao pensarem ou dizerem isso. Não há momento mais contemplativo, restaurador e criativo tendo momentos em sua própria companhia em sua caverna.
E descrevendo mais... Triste é a figura do tal senhor da barba branca e roupa vermelha ser totalmente destroçado e desfigurado todos os anos, muito mais que o peru recheado na maioria das mesas das famílias.
Com crenças ou não... seja qual a  religião que a acompanha. O meu profundo desejo é que possamos mesmo ser seres humanos integralmente melhores. Para tudo e todos. Não melhores convenientemente para mim ou a fulano... Melhor no sentido que terei que perder e ganhar, cair e  levantar, chorar e sorrir, dizer adeus e estar de braços abertos para o que a vida oferecer no vindouro ano.
Nunca saberei qual carta do jogo a vida irá colocar em nossa frente.  Só sei que ela sempre irá jogar a carta. Então que estejamos preparados para o próximo blefe, o truco, a tríade, o ás da manga... a qualquer detalhe de movimento que ela possa mostrar. Que poderá vim num olhar de uma criança, ... na visita inusitada daquela pessoa querida... da saudade que não foi consumida... das boas conversas sem fins acompanhada das terapêuticas risadas.
Desejo profundamente que a vida me mostre a ser simples... que possa sentir o simples... olhar  de forma simples... tudo que me rodeia.

Que a presença seja muito melhor que o presente!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Olhos que ardem

Um papo de metrô um tanto inusitado...

Duas senhoras conversando sentadas dentro do trem do metrô, relatando como foi a consulta ao oftalmo:

Senhora 1: - O doutô não resolveu meu problema nas vistas...
Senhora 2: Por que?... Você não contou tudo a ele? Não passou remédio?!
Senhora1: Ele passou  e sempre passa a mesma coisa... Eu contei a ele, que minhas vistas ficavam muito ressecadas e vermelha.. só de piscá doía... Mas ai eu contei que outro dia fui ver um filme com minha neta, e ai eu me emocionei, e quando meus olhos encheram dágua,... e a lágrima caiu... meus olhos arderam muito!!! Nossa.. achei que ia perder a visão de tanto que ardeu...

A senhora 2 ficou em silêncio quando disse:

Senhora 2: Então amiga... o que você tem que fazer é chorar mais... porque o coração amoleceu, a alma tocou, e a lágrima caiu..e o olho se curou.

observação: ainda ouve uma explicação da senhora 2 que quando estamos muito salgados por dentro, a lágrima sai amarga... então nem os olhos aguentam. Chore mais até ela ficar doce... ai seus olhos param de doer...

Coisas da vida...


Agradeço pela contribuição da foto do meu amigo Rafael Cinoto


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Calma para não errar!

Encontrei recentemente uma amiga de longa data. Entre um café filosófico e atualizações do correr da vida, ela me pergunta:

- Como você consegue lidar com seus erros?!

Depende... alguns eu dou uma leve risada e auto me chamo de tonta rs. Outras vezes fico chateada porque poderia ter prestado atenção. Mas no geral tento melhorar na próxima, e ás vezes vou errar de novo, mas esperando que numa porcentagem menor.
Por que?

Ela me olhou tão pensativa e disse:

- Porque eu não posso, não quero e não suporto a idéia de errar novamente no que lhe contei ( assuntos da vida).

- Como assim? Porque esta louca cobrança? Inevitável. Em algum momento todos erram. Ilusão demais pensar assim.

- Porque eu tenho pressa. Não posso ficar errando sempre. A vida já me cobra por si só. Se eu acertar mais, serei mais feliz! Entende?!

- Não entendo. Porque o mais legal da vida são os imprevistos. Da forma que diz, necessita de controle de tudo, e mais ... sobre os outros?!

Esta conversa foi longa. Ninguém tinha a verdade nas palavras. Mas acho que a liberdade de colocarmos na mesa nossas dúvidas e aflições em conversas livres sem intenções de  “ quem manda em quem”... poucos a tem.
Prestei atenção profunda em cada frase da minha amiga, e não podia deixar de devagar ao mesmo tempo na minha mente certos pensamentos que vinham como comentários abaixo daquilo que ela explicava.

Esta necessidade de não errar está tão pesada nos dias atuais, que fico assustada se realmente as pessoas tem certeza se elas se acham humanos ou outra coisa de inteligência artificial que não estou sabendo .
Esta prepotência humana é o que mais me incomoda. Esta inserido tantas ilusões de não posso errar do tipo bem sutil:
- Não posso envelhecer. Preciso aparentar menos idade da que tenho. Preciso estar sempre feliz. Preciso ser alguém de sucesso. Preciso antes dos trinta anos: ser independente, com carro, casa e se possível uma família em breve, ok?!
Serei contratado se apresentar menos erros que meu colega.  E se erra, por favor, não mostre para mim, porque já basta os meus erros a esconder ou resolver.
Desculpe, mas não tenho tempo para falar sobre isso. Desculpe mas não tenho paciência para aquilo ou isto.

Desculpe, mas não tenho nem tempo para conhecer você...

Confesso que esta ultima frase é o que mais me choca nas pessoas de hoje.
Não se tem tempo para nada. As poucas pessoas que se dão este tempo, tem que fazer um esforço bem louco... para não se contaminar com este : tempo é dinheiro.
Sempre tive o melhor slogan de como viver a vida bem. E veio da sabedoria antiga de meu pai ( graças): Faça as coisas com calma. Vai com calma. Passeie com calma. Fale com as pessoas com calma. Coma com calma. E conheça as pessoas com calma.

Sempre ouvi isso desde criança. Quando ele me via fazendo algo nas pressas, logo eu era repreendida. Faça com calma e sairá tão rápido e bem feito do que fazer com pressa.
Eu pensava: como consegue?!

Meu pai no auge da sua vitalidade... trabalhou anos numa borracharia perto de casa.
Um dia sai mais cedo da escola e fui passar na borracharia para irmos juntos para casa almoçar.
Chegando lá, sentei em um dos pneus que estava em um canto que poderia ter uma visão privilegiada de meu pai em ação.
Pois bem, foi então que vi em prática tudo que meu pai falava do slogan: Tenha calma.

O caso era que tinha uma carreta com 4 pneus para trocar. Mais dois carros passeios e uma Kombi. Lembro que ele teria no máximo 1 hora para fazer isso tudo, pois todos os motoristas estavam com pressa. E detalhe: meu pai trabalhava sozinho. O ato de tirar o pneu, trocar  a câmera de ar ( que na época , os carros antigos tinham), arrumar a câmera, testar, colocar de volta no pneu e este no veículo... incrivelmente ele fazia com calma, com precisão e acredite: sem erros!
Meu pai não podia errar no conserto das câmeras de ar dos pneus. Isso custaria a vida das pessoas. – é o que ele me explicava.

Sei que em meia hora ele consertou da carreta e do carro passeio. E chegou no mesmo instante mais dois carros.
E mais interessante que ele sempre ia conversando com os motoristas. Fazendo e conversando. Com a mesma calma do começo ao fim.
No saldo final daquela uma hora que fiquei olhando ele trabalhar de forma única ( braçal e intelectualmente), consertou 9 pneus e todos saíram satisfeitos. Vi o como meu pai era um homem feliz... Feliz por seguir o que dizia e fazia. Lembro que todos os motoristas pagaram a mais para ele. Por tanto cuidado e dedicação.
Depois de todo este serviço ele me disse:

- Depois que almoçarmos, vamos tomar sorvete na padaria. Porque ganhei mais que imaginei.

E quando estávamos saindo, chegou um caminhão. Meu pai tranquilamente disse:

- Camarada... você deixa eu ir almoçar?! É aqui do lado! Servido almoçar?!

- Espero o senhor até duas horas se precisar. Este pneu só o senhor consegue consertar. – disse o motorista.

E mesmo com o cliente esperando. Meu pai comeu com calma. Descansou um pouco. Conversou comigo. Tomamos sorvete... e tudo isso com calma.

Nunca esqueci este dia. Vi meu pai trabalhando tantos outros dias. Mas aquele foi especial porque foi intenso, foi tudo no imprevisto.

Tento levar isso no meu a dia a dia. Tento porque não é fácil. Faço parte de um outro mundo, outra geração tão diferente do meu pai.

Mas perguntei anos depois... na minha fase adulta, se ele já tinha errado em algum pneu.
Ele pensou um pouco e disse:

- Não. Porque quando eu via que o pneu não podia ser arrumado eu avisava o motorista. As vezes ele aceitava outras não. E quando não, ele ia em outro. O outro arrumava algo que não podia ser arrumado e ai acontecia o acidente. Semanas depois o mesmo motorista voltava e me contava o que tinha ocorrido. Então, o erro não era meu. Ele não acreditou na minha palavra e decidiu em outro. Livre é ele.

Mesmo depois de aposentado. Sempre parava carros na frente de casa de clientes chamando meu pai para ver os pneus e até consertar. Outras vinham encarregados de firmas da região ( antigos clientes) buscar meu pai para ir até a empresa e ver os pneus das carretas  de carga pesada.

Orgulho é imenso... mas na época não entendia bem tanta solicitação dele.

Crescendo percebi que o diferencial dele não era apenas o resolver rápido o problema... mas o ser honesto, rápido e incrivelmente calmo.


A calma o fazia ver o erro antes de cometê-lo. E sempre foi assim. Em tudo. E acredito que poucos nasçam com este olhar calmo para consigo e a vida. 
Tem gente que oferece: tome um chá, tome um suco, tome não sei mais o que e se acalme.
Pois bem... eu digo: tenha calma com você e de certo a vida terá calma contigo.
E muita calma nesta hora!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Saudades do John!


Não sei como exatamente, mas numa tarde quente estava buscando nas minhas pesquisas sobre um X assunto. Sei que numa fração do meu pensar... queria ver fotos de John Lennon. Apenas dele. Queria ver o seu olhar, seu sorriso nas fotos dos primeiros anos da formação dos Beatles. Ver aquelas fotos dos 4 garotos de Liverpool.. em preto e branco... se divertindo nas filmagens de A Hard Days Night, me trouxe uma nostalgia sem tamanha. Senti-me emocionada e vontade ouvir novamente aquelas musicas onde a voz de John é mais marcante.
Toda  pureza e alegria veio ao encontro daquelas imagens. O olhar daquele rapaz meio chapado ( pelas drogas que usava na época)... mas doce, vivaz... um artista.
A cada foto que encontrava, inevitável não pensar no amor vivido por ele e Yoko, o fim dos Beatles, o ativismo político dele a favor da paz e contra guerra. A carreira solo... John pai... John músico... John morto no ano de meu nascimento.
Acho que a saudade veio porque não vivi e não vi, John vivo. Produzindo e vendo ao vivo na TV.
Fui ter consciência dele e dos Beatles a partir dos 10 anos.
Tem alguns que arriscam ter um Beatle favorito... mas eu não tive... eu tenho simpatia por John... Pelo que já li de suas entrevistas: em algumas acho que ele foi imaturo pela idade na época. Disse que coisas que magoaram ele e aos amigos. E por vezes  a mídia não entendendo suas palavras e postura, deturpavam demais.
Acho extremamente feliz... as pessoas que nasceram em décadas que puderam acompanhar o trabalho dessa banda. Mas, em especial de John.
Não sei mesmo, como Yoko consegue a cada dia ter força para viver sem o seu amado durante anos. Ela se manteve fiel a tudo. Desde o dia que se conheceram. Ambos tinham uma sintonia muito boa. E John deu prova disso de várias maneiras.
Acho que me emociono por isso. Não apenas por um amor homem e mulher... mas um respeito e admiração muito além. Não si cansavam um do outro e ainda produziram muito para o mundo artisticamente.
Outro dia, Yoko, publicou numa rede social, a foto dos óculos ensangüentado de John. Ressaltando que todos os dias e anos morrem milhares de pessoas por conta da violência. Pensei ao ver aquela imagem: Como ela conseguiu guardar isso? E mostrar agora? Quanta coisa esta mulher, aos seus 80 anos, guarda em seu peito... sentimentos, saudades, lembranças... e quanta coisa ela deve pensar que poderia esta vivendo com ele, se estivesse vivo, aqui! Quanta coisa teríamos o  prazer de ouvir, vindo de sua mente artística e sensível.?!
Saudade de John!
Mas Yoko, guarda John além do seu coração... guarda ele em sua alma.
E almas falam em outra linguagem. Outro som... Outro ritmo...


Imagine!

domingo, 28 de julho de 2013

Flutue

Em uma conversa muito da light com uma querida amiga, eis que ela me diz seguinte frase:

- Não sei o que acontece comigo... Ando me sensibilizando demais... Tanto que se eu vejo uma rua de uma cidade limpa... eu já acho uma alegria que só... Mas, não deveria sentir isso, porque isso é uma coisa normal... Aliás, deveria ser.

A graça esta toda ai...

Já ouvi e ainda ouço... que ser sensível, é sinônimo de fraqueza. Que mulheres são sensiveis demais. E por isso, há assuntos que não dá para debater com elas. E quando começam a chorar, esquece! Só na próxima vida que poderemos encerrar o assunto.

Vejo isso totalmente equivocado.

Ser sensivel, e ter um olhar sensivel.. e sentir o outro na sua alegria e dor: Dá muito trabalho... requer detalhismo na observação... paciência, carinho, ternura, sair de si e se por no lugar  do outro como ninguém mais faria.
Nem todos estão dispostos a isso. A falta desse tipo de cuidado está em falta nas prateleiras do coração humano. Maior parte das pessoas são carentes nisso... Exigem... mas pouco se dão ao outro, sem esperar recompensas.

A amizade, sincera, .... rara nos dias atuais... nos proporciona tais momentos únicos. O prazer de ouvir o outro em suas filosofias... São únicos.

Uma vez, ouvi uma pessoa de alma muito sensivel dizer: Quando um amigo abrir seu coração a você... abra o seu, abra sua alma, e o acolha... Assim como não existe uma pessoa igual a outra neste universo, palavras de um coração amigo, também não. Jamais você ouvirá ele contar aquelas palavras em nenhum outro momento em sua vida... nem melhor ou pior... então ouça, sem pressa... Ouça como fosse melodia única... Chore ou sorria... mas viva o momento junto com ele.

Ouvindo minha amiga, pude apenas entender o que ela sentia mas acrescentei:

Isso é ótimo! Mulheres não devem ser lineares... sempre reta e corretas!!! Ter tudo sobre controle... nem sempre faz parte do nosso manual.... tentamos, mas não temos sucesso em muitas delas.

Mulher é feita para flutuar! Faz mais sentido a sua alma e coração.

Então... terei que deixar este cordinha bem folgada... Porque preciso que um dos pés esteja amarrado  a terra... senão subirei demais nas minhas flutuações.

Então que esta cordinha seja infinita...

Flutue!
Flutaremos...


terça-feira, 2 de julho de 2013

Cativa - me

( autoria de Rosy Fonseca )

Cativa-me para você ...
De passo a passo,
de fato a fato,
cativa-me.
De bagagem, sem pressa.
De arvoredo, sem cortes.
Com posse, com toques,
cativa-me.
Para o apego que é seu.
Para o auge que é meu.
Na dor e na festa,
em cor e em vela.
O pranto, a flor, você,
cativa-me.
Para que eu seja só sua,
na mesma hora em que
a minha alma transborda,
cativa-me.
Em direções tão fartas.
Com sonhos , voltas e cantos,
cativa-me.
E assim pouco a pouco,
dentro de mim outra voz.
Seus pensamentos nos meus,
cativa-me.
Numa estrada sem marcas.
Em direções tão fartas.
E com mais firmeza...
Cativa-me .

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Quem nunca

Quem Nunca – G. Lacombe

Quem nunca ligou de madrugada
Para alguém que não valia nada?
Quem nunca se acomodou
Vivendo com a pessoa amada?

Quem nunca recebeu um beijo
E ficou com a cara envergonhada?
Quem nunca riu
De uma piada sem graça?

Quem nunca sentiu amor
Por alguém de cidade afastada?
Quem nunca brincou carnaval
Rezando pra que não chegasse quarta?

Quem nunca disse algo
E achou ser a hora errada?
Quem nunca rolou de rir
E riu até sair lágrima?

Quem nunca sonhou com o amor
E acordou numa cama abandonada?
Quem nunca deu um conselho
Que no fundo não acreditava?

Quem além de você mesmo
Vai te conhecer tão bem?
Quem é tão feliz sozinho
Que não precise amar alguém?

-

Quem Nunca? ;)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Gominhos

Um dia uma criança me disse que sorrir não é a única demonstração de alegria. Que quando descascamos uma mexerica, e separamos seus gominhos... ali esta a alegria. Porque dividirei para quem gosto....

Cada gominho uma alegria.