Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz...
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo...
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
Letra e melodia linda, não?!
Renato Russo em todas as suas apresentações, sempre dizia ao público antes de começar a cantar a canção, de que se sentia muito feliz por ter tido capacidade de compor e escrever este letra.
O interessante, que sempre quando ouvia ela, me batia uma tristeza bem sem querer... mesmo em dias bem felizes... E uma nostalgia sem igual. tentava entender o porque esta canção era tão especial a ele.
Na cabeça do autor, nunca saberemos o que se passou de imagens, pessoas e cheiros etc... que povoam a mente quando criamos algo.
Mas acredito que algumas coisas são inevitáveis na vida. Desde lugares e pessoas parecidas... e até sentimentos... que vão e vem, além de iniciar e finalizar ciclos diários... Renato buscava alguma paz e razão na sua vida... Acho que esta letra dava paz a ele quando cantava. E que saudade é boa... que o sentimento quando vivido... é o que lhe deixa forte.
E ai faço a pergunta toda vez que termina a música: Acabou meu giz, com o que vou rabiscar agora?
2 comentários:
Lindo.. adorei, uma das minha preferidas..
pense na primeira estrofe e lembre de lenine:
"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para..."
pense na segunda estrofe e lembre de cazuza:
"...Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara..."
Agora pra terminar, na ultima, pense e nando reis:
"...Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama..."
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